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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

MÚSICAS RELIGIOSAS QUE ME FAZEM BEM.


Meu pote de jabuticabas.





Meu aniversário, falar o quê? Como diz Rubem Alves, meu pote de jabuticaba tem uma a menos, hoje degustei mais uma. Medo que meu pote se aproxima do final, não! Tenho medo que as jabuticabas que ainda estão no pote apodreçam sem ser saboreadas, por falta de uso. Em minhas andanças desde criança, nesse processo de feitura de ser pessoa, quantas pessoas entrelaçaram o meu caminho, todas me fizeram bem, até aquelas que em algum momento tentaram me fazer o mal. Todas as minhas conquistas foram difíceis, com labuta, meu mundo nunca teve fadas ou duendes, mas sempre a mão de Deus esteve comigo, isso não tenho dúvida. Sempre trouxe comigo alguns pilares que não abro mão: Educação, Religião, Honestidade e Trabalho. Deus me presenteou com uma companheira, uma alma gêmea, que gerou três lindos filhos. Tenho a certeza que tudo teve as digitais do meu Criador, a cada dia me convenço mais da missão que me foi confiada por Deus, e desta missão tento deixar alguns rastros de bondade, caridade, amor ao próximo. Reconheço meus limites, minhas fronteiras, esforço-me para ser melhor a cada dia, nem sempre é possível, dá certo. Neste dia, quero agradecer primeiro a Deus por tudo que sou, a meus pais por terem me passado valores éticos e morais, minha esposa e filhos por me fazer um melhor pai, melhor esposo, e a cada um de vocês que cruzaram o meu caminho, sou um pouco de cada um, um pouco de cada povo.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Felicidade na precariedade.





Não escrevo de próprio punho faz um certo tempo. Fiz um pacto com as palavras, de não usá-las quando não tiver inspiração. E o que é inspiração? Sabe aquele pensamento que nasce do nada, que vem de repente, quando você menos imagina, isso é a tal chamada inspiração.
A inspiração não vem no barulho desse mundo contemporâneo, na nossa correria do dia a dia, mas nasce na quietude de nossa alma, de nosso coração. Inspiração e turbulências, nunca andaram juntas.
Hoje quero falar um pouco sobre uma imagem que veio em minha mente, que vivenciei.
Já era quase 07 horas da noite numa pequena cidade do interior, chovendo, ruas escuras e desertas, quando rompendo todo esse cenário, vem dois senhores felizes em suas bicicletas, depois mais um dia de trabalho. Tinham tudo para reclamar, chovia, era tarde, estavam sujos, mas não, cantarolavam pela ruas da cidade, demonstrando que a felicidade se faz presente na precariedade. Naquele momento eles eram mais felizes do que eu,  que muitos de nós, com pouco, quase nada. Aprendi ali mais uma vez, que a felicidade nada tem a ver com diversão, entretenimento, mas é um estado de espírito, algo que floresce da alma. Hoje vejo que para o jovem ser feliz ele precisa postar no Facebook, partiu, sim demonstrar que num feriado, num final de semana, foi fazer qualquer coisa, se divertir, é uma chancela para ser aceita pelo seu grupo; é careta ficar em casa com a família, lendo um livro, conversando com os pais, brincando com os irmãos. Vejo esse partiu, como uma despedida, uma fuga, de quem ainda não tem identidade própria, não reconheceu que pra ser feliz não preciso parti, mas permanecer. Tenho medo das partidas, algumas tem retornos, outras não.

ANOS 80, MEUS 15 ANOS, CRESCI OUVINDO ISSO.


AMANHÃ, MEU ANIVERSÁRIO.

A celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe.Fósforo que foi riscado.Nunca mais acenderá.Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festa de aniversário.Se uma vela acesa é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte.
Rubem Alves.

Frases de Célestin Freinet

1-"Nos habituamos todos de tal forma a comandar as crianças e a exigir delas uma obediência passiva que não pensamos na possibilidade de haver uma outra solução paraa educação que não seja a fórmula autoritária (...)".

2-"O erro dos métodos tradicionais é o de partir de textos de escritores para pretender ensinar a língua. No princípio são sempre necessárias a expressão e a criação pessoais. Só quando um (aluno) autor escreve um texto ou um poema que teve a honra deser escolhido pela classe e que foi imortalizado pela impressão, quando tem que enfrentar as mesmas dificuldades defrontadas pelos escritores e poetas, quando tem a consciência das suas insuficiências e dos seus êxitos, só então é que ele aprecia verdadeiramente a obra dos outros".


3-"Fracassar só é grave quando não se consegue identificar as causas do insucesso. Avaliare apreciar as razões de nossa incapacidade momentânea já é uma vitória. Organizar-se tecnicamente para reduzir progressiva e metodicamente a imperfeição é a melhor e a mais incontestável das funções pedagógiacas". 


4-"As melhorias pedagógicas estão condicionadas, em larga escala, às descobertas psicológicas e, sobretudo, pedagógicas. Ora, a ciência da educação ainda tateia, e a contribuiçãodos estudiosos mais geniais não pode bastar para resolver o problema de modo definitivo. Para conhecer, avaliar, ordenar e medir algo tão cambiante e fugidio como a alma da criança, precisamos de ambas enquetes, baseadas em documentos precisos e realizadas emdiversos meios e para diferentes idades. Os resultados obtidos por J. Piaget após o exame de algumas centenas de crianças permitem-nos prever com clareza nossas possibilidades futuras. Pois nossos Livros da Vida e nossos Jornais, onde se exprimem livremente nossos alunos, constituem, a partir de então, milhares de depoimentos sobre a vida e o desenvolvimento infantis. Somos capazes, agora, de estudar a vida das crianças em todos os meios e em todas as idades: seus pensamentos mais íntimos, seus sonhos, suas brincadeiras, sua concepção domundo etc. Podemos definir de modo seguro os interesses e necessidades sobre os quais se pode apoiar a pedagogia do futuro". 


5-"A escola preparou alunos. Esqueceu-se de preparar homens. Não se esqueceu: é de propósito que ela não prepara homens... Obstinar-se em fazer pedagogia pura seria na atual conjuntura um erro e um crime. A defesa das nossas técnicas faz-se simultaneamente em duas frentes. No plano pedagógico, escolar, é certo, onde mais do que nunca temos de ser ousados e criativos, porque o futuro imediato a tal nos obriga, e na frente política e social, pela defesa vigorosa das liberdades democráticas".

Titãs- Comida.


Não grite.

Pense em alguém poderoso…
Essa pessoa briga e grita como uma galinha ou olha em calmo silêncio, como um lobo?
Lobos não gritam. Observam em silêncio. Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio. Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
Por alguma razão, provavelmente cultural, temos a falsa ideia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques. Não é verdade.
Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir. Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.
Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não ter que responder em alguns momentos. Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas

sábado, 29 de dezembro de 2012

Agora vem o tempo de Folia de Reis. CALIX BENTO.


Mensagem do dia.



(Roberto Shinyashiki)


Seja ético. A vitória que vale a pena é a que aumenta sua dignidade e reafirma valores profundos. Pisar nos outros para subir desperta o desejo de vingança.

Estude sempre e muito. A glória pertence àqueles que têm um trabalho especial para oferecer.

Acredite sempre no amor. Não fomos feitos para a solidão. Se você está sofrendo por amor, está com a pessoa errada ou amando de uma forma ruim para você.

Seja grato(a) a quem participa de suas conquistas. O verdadeiro campeão sabe que as vitórias são alimentadas pelo trabalho em equipe. Agradecer é a melhor maneira de deixar os outros motivados.

Eleve suas expectativas. Pessoas com sonhos grandes obtêm energia para crescer. Os perdedores Dizem: “isso não é para nós”. Os vencedores pensam em COMO realizar seu objetivo.

Tenha metas claras. A História da Humanidade é cheia de vidas desperdiçadas: amores que não geram relações enriquecedoras, talentos que não levam carreiras ao sucesso, etc. Ter objetivos evita desperdícios de tempo, energia e dinheiro.

Cuide bem do seu corpo. Alimentação, sono e exercício são fundamentais para uma vida saudável. Seu corpo é seu templo. Gostar da gente deixa as portas abertas para os outros gostarem também.

Declare o seu amor. Cada vez mais devemos exercer o nosso direito de buscar o que queremos (sobretudo no amor). Mas atenção: elegância e bom senso são fundamentais.

Amplie os seus relacionamentos profissionais. Os amigos são a melhor referência em crises e a melhor fonte de oportunidades na expansão. Ter bons contatos é essencial em momentos decisivos.

Seja simples. Retire da sua vida tudo o que lhe dá trabalho e preocupação desnecessários.

Não imite o modelo masculino do sucesso. Os homens fizeram sucesso a custa de solidão e da restrição aos sentimentos. O preço tem sido alto: infartos e suicídios. Sem dúvida, temos mais a aprender com as mulheres do que elas conosco. Preserve a sensibilidade feminina – é mais natural e mais criativa.

Tenha um orientador. Viver sem é decidir na neblina, sabendo que o resultado só será conhecido, quando pouco resta a fazer. Procure alguém de confiança, de preferência mais experiente e mais bem sucedido, para lhe orientar nas decisões, caso precise.

Jogue fora o vício da preocupação. Viver tenso e estressado está virando moda. Parece que ser competente e estar de bem com a vida são coisas incompatíveis. Bobagem… Defina suas metas, conquiste-as e deixe as neuras para quem gosta delas.

O amor é um jogo cooperativo. Se vocês estão juntos é para jogar no mesmo time.

Tenha amigos vencedores. Aproxime-se de pessoas com alegria de viver.

Diga adeus a quem não o(a) merece. Alimentar relacionamentos que só trazem sofrimento é masoquismo, é atrapalhar sua vida. Não gaste vela com mau defunto… e deixe o espaço livre para um novo amor.

Resolva! A mulher/homem do milênio vai limpar sua vida as situações e os problemas desnecessários.

Aceite o ritmo do amor. Assim como ninguém vai empolgadíssimo todos os dias para o trabalho, ninguém está sempre no auge da paixão. Cobrar de si e do outro viver nas nuvens é o começo de muita frustração.

Celebre as vitórias. Compartilhe o sucesso, mesmo as pequenas conquistas, com pessoas queridas. Grite, chore, encha-se de energia para os desafios seguintes.

Perdoe! Se você quer continuar com uma pessoa, enterre o passado para viver feliz. Todo mundo erra, a gente também.

Arrisque! O amor não é para covardes. Quem fica a noite em casa sozinho, só terá que decidir que pizza pedir. E o único risco será o de engordar.

Tenha uma vida espiritual. Conversar com Deus é o máximo, especialmente para agradecer. Reze antes de dormir. Faz bem ao sono e a alma. Oração e meditação são fontes de inspiração.

Muita paz, harmonia e amor… sempre!

 

KID ABELHA- BANDA COMPLETA 30 ANOS.


Língua e coração.

Meu coração e minha língua fizeram um trato: quando meu coração estiver enfurecido, minha língua guardará silêncio.

As palavras respondem aos sentimentos, e os sentimentos às idéias. 

Por isso é impossível dominar nossas palavras se não somos senhores de nossos sentimentos; e estes sentimentos irão se acalmando segundo a força de nossas idéias.

A um coração que não se domina, responderão palavras violentas e ferinas; a um coração fechado em si, sucederão palavras e atitudes que depreciam os demais. 

Por conseguinte, me calarei quando meu coração não estiver sossegado e em calma; não falarei, pois seguramente me arrependerei do que disser ou, pelo menos, do modo como o disser, ou do momento em que o disser.

Se em geral o coração não costuma ser bom conselheiro, menos o será quando não estiver em paz e não se sentir senhor de si mesmo.

sábado, 28 de julho de 2012

Quem disse que o Amor pode acabar?

Plantar o Amor.



Tudo o que nos rodeia: casa, trabalho, luxos, são apenas cenários, apenas o engaste para o nosso amor.
As coisas que possuímos, os lugares em que vivemos, os acontecimentos de nossa vida: engastes vazios. Que fácil é buscar engastes e esquecer os diamantes!
A única coisa que importa, ao terminar nossa estada na Terra, é até que ponto tenhamos amado bem.

Missão de cada um.



Chega um dia em que aprendemos que na vida há muito mais que comer, lutar e conseguir poder. Existe algo chamado essência e missão de vida, temos que ir à sua procura e refleti-las.

Questionamentos.



Os questionamentos mais simples são os mais profundos: Aonde vais? Onde fica o teu lar? O que fazes? Faz as mesmas perguntas de tempos em tempos e observa como mudam as tuas respostas.

Rumo à Liberdade.




Não é o desafio que define quem somos nem o que somos capazes ser ser, mas como enfrentamos esse desafio: podemos incendiar as ruínas ou construir, através delas passo a passo, um caminho que nos leve à liberdade.

sábado, 21 de julho de 2012

Conversa sobre o casamento.




De vez em quando o diabo me aparece e temos longas conversas.

Em nada se parece com o que dizem dele: rabo, chifres, patas de bode e cheiro de enxofre. Cavalheiro de voz mansa e racional, bem vestido, apreciador de desodorantes finos, me surpreende sempre pela lógica dos seus argumentos. Nada de futilidades. Só fala sobre o essencial, estilo que aprendeu com Deus, nos anos em que foi seu discípulo. Percebi que era ele quando notei que trazia na sua mão direita o martelo e, na esquerda, a bigorna. Pois esta é a sua missão: martelar as certezas, ferro contra ferro, para ver se sobrevivem ao teste.

Já se preparava para dar a primeira martelada quando o interrompi:

- Que é isto que você vai bater? Acho que vai se partir em mil pedaços…

A coisa que estava sobre a bigorna me parecia feita de louça, um bibelô delicado e frágil, e lamentei que o diabo fosse esmigalhá-la.

- Não tenho outra alternativa – ele me respondeu. – É parte de uma aposta que fiz com Deus. Este bibelô delicado é o casamento. E você pode estar certo: não resistirá ao ferro do meu martelo!

Fiquei indignado que ele estivesse maquinando coisa tão perversa e passei ao ataque.

- Não é à toa que os religiosos dizem que você é o anti-Deus. Deus junta. Você separa! A sua bigorna já destruiu muitos lares!

Ele não tinha pressa. Descansou o seu martelo e me falou com voz imperturbada:

- Já estou acostumado às calúnias. Mas não existe coisa alguma mais distante da verdade. Se há uma coisa que eu desejo é um casamento duradouro, até que a morte os separe. Se ponho o casamento na bigorna é justamente para provar que a receita do Criador não funciona. A minha é muito mais eficaz.

Como o meu silêncio indicasse minha disposição em ouvi-lo, ele continuou a falar:

- Todo mundo sabe que, no início, eu era a mão direita de Deus. Estávamos de acordo em tudo. Ele mandava, eu fazia. Foi por causa do casamento que nos separamos. Até então trabalhávamos juntos. Quando Deus disse que não era bom que o homem estivesse só, e melhor seria que ele tivesse uma mulher, eu concordei. Quando Deus disse que esta união teria de ser sem fim, até a morte, eu aplaudi. Mas aí apareceu o pomo da discórdia. Para colar o homem na mulher, Deus foi buscar uma bisnaguinha de amor. Protestei. Argumentei:

- Senhor! Amor é coisa muito fraca, de duração efêmera! Quem é colado com o amor logo se separa!

Citei o poeta: “Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure!” Amor é chama tênue, fogo de palha. Não pode ser imortal. No começo, aquele entusiasmo. Mas logo se apaga. Chama de vela, fraquinha, que se vai com qualquer ventinho… Amor é bibelô de louça. Todos os amantes sabem disso, mesmo os mais apaixonados. E não é por isso que sentem ciúmes? Ciúme é a consciência dolorosa de que o objeto amado não é posse: ele pode voar a qualquer momento. Por isto o amor é doloroso, está cheio de incertezas. Discreto tocar de dedos, suave encontro de olhares: coisa deliciosa, sem dúvida. E é por isso mesmo, por ser tão discreto, por ser tão suave, que o amor se recusa a segurar. Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar. Como construir uma relação duradoura com cola tão fraquinha? Por isto os casais se separam, por causa do amor, pela ilusão de um outro amor. Qualquer tolo sabe que o pássaro só fica se estiver na gaiola. O amor é cola fraca para produzir um casamento duradouro porque no amor vive o maior inimigo da estabilidade: a liberdade. É preciso que o pássaro aprenda que é inútil bater asas. Um casamento duradouro é aquele em que o homem e a mulher perderam as ilusões do amor.

- Foi aí que nos separamos – ele continuou.

- Não porque discordássemos que casamento deveria ser eterno. É isto que eu quero. Nos separamos porque não estávamos de acordo sobre o que é que junta um homem e uma mulher, eternamente. Deus é um romântico. Eu sou um realista.

- Qual foi então a sua proposta? Que cola deveria ser usada?- perguntei, perplexo.

- O ódio. – respondeu ele. – Enganam-se aqueles que dizem que o ódio separa. A verdade é que o ódio junta as pessoas. Como disse um jagunço do Guimarães Rosa, quem odeia o outro, leva o outro para a cama. Diferente do fogo da vela, o fogo do ódio é como um vulcão. Não se apaga nunca. Por fora pode parecer adormecido. No fundo, as chamas crepitam. A diferença entre os dois? O amor, por causa da liberdade, abre a mão e deixa o outro ir. No amor existe a permanente possibilidade de separação. Mas o ódio segura. Não tenha dúvidas. Os casamentos mais sólidos são baseados no ódio. E sabe por que o ódio não deixa ir? Porque ele não suporta a fantasia do outro, voando livre, feliz. O ódio constrói gaiolas, e ali dentro ficam os dois, moendo-se mutuamente numa máquina de moer carne que gira sem parar, cada um se nutrindo da infelicidade que pode causar no outro. As pessoas ficam juntas para se torturarem. Não menospreze o poder do sadismo. Ah! A suprema felicidade de fazer o outro infeliz!

Com estas palavras ele tomou do seu martelo e voltou ao seu trabalho:

- Tenho de provar que eu, e não Deus, sou quem sabe a receita do casamento que só a morte pode separar.

Eu me persignei três vezes e compreendi que o inferno está mais perto do que eu pensava.

Quando o verão chegar. Banda Catedral, uma das minhas favoritas.

Escutatória.





"O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranqüila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: "Se eu fosse você". A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção."

Essência da alma.





“... Sem tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em lugares onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte... Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos". Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.”

A beleza da música.


 

"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música
não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria
sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria
que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas
para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".

terça-feira, 26 de junho de 2012

Homens e mulheres...............



É possível que a psicologia das mulheres, tão mais sensíveis à solidão que os homens, deva-se ao destino triste ou alegre do óvulo. Arrancado de seu ninho, é empurrado por um canal apertado que o leva a um vazio... E não lhe resta nada mais que a solidão da espera. Foi um óvulo nesse estado de espera angustiosa que disse pela primeira vez:
To be or not to be, that is the question.
O óvulo, produto das mulheres, tem origem na solidão. Já os espermatozoides, produto dos homens, têm origem na maratona: milhões deles são lançados ao mundo ao mesmo tempo. São corredores, muitos, e é preciso chegar primeiro...
O prêmio para o segundo colocado é a morte. Talvez não seja por acaso que os homens gostam tanto de futebol, metáfora do grande evento inicial, todos os jogadores lutando por uma bola!
Os espermatozoides também lutam por uma bola minúscula. Mas um só entra, só um. Aí a solidão e a multidão são transformadas em comunhão.

Poesia Teológica.


Meu filho de nove anos me surprendeu com uma observação, resumo de toda poesia teológica;
"Eu queria ser Deus!"
...

" É que a vida é tão boa... E Deus não morre"...

Injeção letal.



Observei o cuidado com que a enfermeira preparava a injeção de Citoneurin que iria me aplicar, dolorida como brasa. O algodão embebido em álcool desinfetava minha pele para que não houvesse perigo de infecção. Esses cuidados são norma médica obrigatória. Enquanto a brasa entrava no meu músculo eu pensava se os médicos ou enfermeiros, nas penitenciárias, encarregados de aplicar a injeção letal nos condenados à morte desinfetavam o local onde a agulha iria entrar na pele do condenado... Pois se não desinfetar, o condenado corre o risco de morrer de infecção.

Lembranças do Seu Glicínio.



Seu Glicínio, porteiro, acredita que rato, depois de velho, vira morcego. É uma crença que ele traz da sua infância. Não o desiludas com teu vão saber, respeita-lhe os queridos enganos. Nunca se deve tirar o brinquedo de uma criança, tenha ela oito ou oitenta anos! Há ruídos que não se ouvem mais; o grito desgarrado de uma locomotiva na madrugada, os apitos dos guardas-noturnos, os barbeiros que faziam cantar o ar com suas tesouras, a matraca do vendedor de cartuchos, a gaitinha do afiador de facas. Todos esses ruídos que apenas rompiam o silêncio. E hoje o que mais se precisa é de silêncios que interrompam o ruído................

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Crônica de Rubem Alves.


CONVERSA TEOLÓGICA ENTRE PAI E FILHO



Filho: Papai, por que é que nós vamos à igreja?

Pai: Porque a igreja é a casa de Deus.

Filho: Mas as igrejas são muitas. Qual delas é a casa de Deus?

Pai: Ele mora em todas as casas ao mesmo tempo.

Filho: Ele mora inteiro em cada uma delas ou é só um pedaço?

Pai: Mora inteiro. Deus não tem pedaços.

Filho: Se a igreja é a casa de Deus, quer dizer que, fora da igreja, Deus não mora?

Pai: Deus mora em todos os lugares.

Filho: Também nas luas, nas estrelas, nas montanhas e nos desertos?

Pai: Sim. Também nas luas, nas estrelas, nas montanhas e nos desertos?

Filho: E na nossa casa? Deus mora lá também?

Pai: Na nossa casa Deus está sempre.

Filho: Se Deus está sempre na nossa casa, na lua e nas estrelas e nas montanhas e nos desertos, então todo lugar é casa de Deus. Se todo lugar é casa de Deus, porque é necessário ir à igreja para encontrar Deus?

Pai: Na igreja Deus é mais poderoso.

Filho: Então, há lugares em que Deus é mais poderoso e outros lugares onde ele é menos poderoso?

Pai: Sim, há lugares onde Deus é mais poderoso. Nos lugares onde Deus é mais poderoso é mais fácil acontecer milagres. É por isso que as pessoas de fé fazem longas peregrinações a pé, a cavalo, de ônibus, de avião, aos lugares onde Deus é mais poderoso, para receberem milagres.

Filho: É pra receber milagres que as pessoas procuram Deus? Se Deus não fizesse milagres as pessoas continuariam a procurar Deus?

Pai: Bem....

Filho: O Deus mais fraco é mais fraco mesmo? Ele é mais fraco que o Deus mais forte? Então o Deus mais forte é mais Deus que o Deus mais fraco? Reza que se faz em casa é mais fraca? Deus atende menos^?

Pai: ...

Filho: O Deus mais fraco é tanto Deus quanto o Deus mais forte?

Pai: sim, ambos são Deus.

Filho: Eu pensava que Deus era forte sempre, igual, na lua, na rua, na igreja, na casa, na favela, nas prisões. Deus está também nas prisões?

Pai: Deus está em todo lugar. Também nas prisões.

Filho: Se Deus é tão forte e pode fazer tudo o que deseja, por que ele não faz os maus ficarem bons? Se Deus está junto com eles, nas prisões, eles deveriam ficar bons...

Pai: Isso eu não sei...

Filho: Eu gostaria que Deus estivesse com a mesma força em todos os lugares. Se Deus é todo-poderoso e sabe todas as coisas, ele não poderia ter evitado o tsunami, os furacões, os terremotos, a corrupção? Vejo, na televisão, homens corruptos fazendo peregrinações...

Pai: Filho, estou com fome. Vamos comer um hamburguer com coca-cola?


Lembranças dos meus 16 anos.................

Atemporalidade.



Há quanto tempo não posto nada  no blog. Rubem Alves fala que para escrever precisamos ter inspiração. Inspiração é quando aparece aquele pensamento que surgi não sabemos de onde, mas ele surge. Me surgiu um pensamento de falar sobre atemporalidade, aquilo que é do tempo mas não pertence ao passado. A música acaba nos remetendo a um tempo atemporal, que já passou cronologicamente, mas que não é passado, pois sinto sentimentos novos agora mais maduro, em outra época, com uma outra releitura daquilo que já passou.

Banda Catedral- Atemporal...............

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Conivência

Atualmente, as informações circulam de forma livre e célere.

Por conseqüência, é possível ter uma noção de conjunto dos valores e hábitos da humanidade.

Certas ocorrências repetem-se com tanta freqüência, nos mais diversos locais e ambientes, que chamam a atenção.

E a observação do que ocorre no mundo por vezes causa estarrecimento.

Uma das coisas que impressiona é a audácia das pessoas desonestas.

Elas parecem ter uma habilidade incomum para colocar-se nas posições mais relevantes.

Na política, na educação, nos meios jurídico e empresarial, a imprensa não cessa de apontar focos de corrupção e desonestidade.

Já é bastante ruim haver tantas pessoas desleais.

Mas o que causa estupefação é como elas assumem facilmente posições de liderança.

Ninguém consegue disfarçar sua essência por muito tempo.

Quem não possui um nível ético satisfatório evidencia isso em inúmeras oportunidades.

Ninguém se corrompe de repente.

Uma pessoa genuinamente honesta não acorda um dia disposta a apoderar-se do que não lhe pertence.

O ser humano revela suas mazelas morais ao longo do tempo.

Sendo assim, como é possível que seres viciosos tornem-se tão influentes?

Em todo e qualquer ambiente, há homens íntegros e inteligentes.

Por que esses não agem, para obstar a influência perniciosa?

À primeira vista, parece pouco caridoso evidenciar os vícios de um semelhante, para limitar sua ascensão.

Ocorre que a caridade não possui como bandeira a ingenuidade e a conivência.

Constitui equívoco imaginar que o homem bondoso deve ser tolo e falho de percepção.

A criatura íntegra e generosa procura ser um fator de progresso e bem-estar no mundo.

Mas age com critério e discernimento, não de forma piegas.

Nessa delicada questão, importa considerar o móvel da ação e quanto bem ela pode produzir.

Certamente é condenável divulgar os defeitos do próximo por malevolência, com o fito de denegri-lo.

Mas também é censurável prestigiar a comodidade de um único ser, em detrimento de inúmeros outros.

A corrupção que atinge um ambiente prejudica a todos os que se vinculam a ele.

O dinheiro público surrupiado por alguns faz falta na construção de hospitais e escolas.

O desfalque realizado em uma empresa talvez seja a causa de sua falência.

Trata-se da vantagem desonesta de uma pessoa causando a penúria de muitas outras.

A compaixão não justifica a inércia perante esse tipo de situação.

Nada há de louvável em assistir-se silenciosamente a atos desonestos que prejudicam o meio social.

Na verdade, a timidez e a acomodação dos homens íntegros favorece a preponderância dos desonestos.

Grande parcela de culpa pela corrupção que grassa no mundo se deve às pessoas honestas.

Caso estas desejassem, preponderariam.

Quando o vício for combatido, sem ódio, mas firmemente, ele encontrará pouco espaço para proliferar.

É preciso ter compaixão pelo delinqüente, mas jamais compactuar com seus atos.

Assuma, pois, sua responsabilidade perante o mundo em que você vive.

Por timidez ou preguiça de desempenhar tarefas e ocupar postos, não permita que eles caiam em mãos indignas.

A título de ostentar virtude, não simule ignorância e nem seja conivente.

Pense nisso!
Sementes de corrupção

Dia desses um garoto chegou em casa e perguntou à mãe quanto ela lhe pagaria se ele tirasse nota dez na prova.

A proposta surpreendeu a genitora, acostumada a educar os filhos com lucidez e bom senso.

"Por que eu deveria lhe pagar por isso, meu filho?" Perguntou com tranqüilidade.

"Ora, mãe, o pai do meu amigo vai pagar cem reais se ele tirar um dez na prova de inglês."

"E você acha isso correto, filho?"

"Ah, eu acho que cem reais dá para comprar uma porção de coisas...," respondeu o menino, entusiasmado.

A sábia educadora aproveitou o momento para um diálogo esclarecedor com o filho amado.

"Filho, você acha correto o que esse pai está fazendo, pagando para o filho fazer o que é apenas a sua obrigação?"

O garoto respondeu que não sabia se era certo ou não, e a mãe continuou:

"Você já ouviu falar em corrupção?"

"Sim", disse o menino.

"E você acha direito uma pessoa cobrar para fazer a sua obrigação?"

"Não, eu não acho."

"Estudar é sua obrigação, não é filho?"

"Sim, é minha obrigação."

"Pois bem, seu pai e eu fazemos a nossa parte, que é lhe dar oportunidade de aprender para que seja um homem instruído e possa ser útil à sociedade da qual faz parte.

Mas não desejamos que seja apenas instruído.

Queremos, acima de tudo, que seja um homem de bem, um homem moralizado, um homem digno e justo.

É por isso que você nunca irá receber dos seus pais qualquer compensação para fazer a sua parte."

O garoto concordou com a mãe, mas, ainda interessado no assunto questionou:

"Quer dizer que isso é corrupção, mãe?"

"Sim. Pagar alguém para fazer ou deixar de fazer a sua obrigação é corrupção.

Existem funcionários que recebem um salário para fazer o seu trabalho mas costumam pedir um valor a mais, uma ‘gratificação’ para ‘agilizar’ o processo.

Isso significa que estão prejudicando aqueles que não têm dinheiro para pagar esse ‘favor’ ou que não compactuam com essa prática."

Talvez para deixar o ensinamento mais claro para o filho, a mãe continua: "e a corrupção não está relacionada exclusivamente com o dinheiro, filho. Quando um juiz, por exemplo, que julga uma causa e favorece um amigo ou outro interesse qualquer, sem considerar a verdadeira justiça, está se corrompendo e corrompendo o sistema. Qualquer pessoa, enfim, que age em desacordo com sua própria consciência, é corruptora dos bons costumes."

Se o garoto entendeu tudo não se sabe, mas abandonou a idéia de receber um pagamento para tirar boas notas e foi estudar para a prova que iria fazer no dia seguinte.

Pense nisso!

Felizmente nem todos os cidadãos da nossa sociedade são corruptos ou corruptores.

Mas se você já sofreu algum tipo de extorsão, sabe o quanto é amargo o sabor desse tipo de violência.

Se você já sofreu qualquer tipo de injustiça por parte de quem deveria representar a sã justiça, sabe o quanto isso gera desgosto e infelicidade.

Pense nisso e faça a sua parte para eliminar essas sementes nocivas de corrupção e desamor.

Aja com honestidade e eduque seus filhos para serem cidadãos dignos e incorruptíveis.

Não se corrompa e não corrompa ninguém, pois é só assim que veremos o sol da plena justiça despontar num futuro próximo.

Achei maravilhoso...................

O estranho versículo

Era uma noite fria na cidade de Chicago. O garotinho vendia jornais na esquina. Mas o frio era tanto que as pessoas passavam quase correndo, buscando as suas casas e nem paravam para comprar o jornal.

Por isso, o menino se aproximou de um policial e perguntou se ele poderia arrumar um lugar quente para ele dormir, naquela noite.

Estava muito frio para dormir na caixa de papelão no beco, como sempre. O policial olhou para o ele e falou: "desça a rua até encontrar uma casa branca. Bata na porta e quando alguém vier abrir, diga: "João 3:16."

O menino obedeceu e, quando uma senhora simpática atendeu, ele falou: "João 3:16."

Ela o recolheu e o levou para se sentar em uma poltrona, próximo da lareira.

Ele pensou: "não sei o que quer dizer João 3:16, mas com certeza é uma coisa boa porque aquece um menino numa noite fria."

Mais tarde, a senhora o levou para a cozinha e lhe ofereceu farta comida. Enquanto se alimentava, o pequeno pensou: "não estou entendendo, mas o que é certo é que João 3:16 sacia a fome de um menino."

Depois, ela o levou até o banheiro e ele mergulhou em uma banheira cheia de água quente.

Ainda molhado, ele pensou: "João 3:16".

Com certeza eu não entendi. Mas isto faz um menino sujo ficar limpo. Que me lembre, o único banho de verdade que tomei foi quando fiquei em frente a um hidrante de incêndio, que esguichava água fria."

A senhora o levou até o quarto e o colocou em uma grande cama e o cobriu com um cobertor macio. Deu-lhe um beijo de boa noite e apagou as luzes.

No escuro do quarto, ele olhou pela janela e observou a neve caindo lá fora.

Na manhã seguinte, a senhora o despertou e lhe ofereceu um delicioso café. Depois o levou para a mesma poltrona em frente à lareira, apanhou o Evangelho e perguntou: "você entendeu João 3:16?"

"Não senhora. Quem me disse para lhe falar isto foi um policial, ontem à noite."

Ela abriu o Evangelho de João e leu o versículo 16 do capítulo 3: "porque Deus amou tanto o mundo, que deu seu único filho, e aquele que acredita Nele não morrerá, mas terá vida eterna."

E a boa senhora lhe falou a respeito de Jesus e do Seu grande amor para com todos os homens.

O garoto continuou sentado, ouvindo e ouvindo.

Finalmente, falou: "senhora, tenho que lhe dizer. Ainda não consigo entender como Jesus concordou em vir à Terra e sofrer tudo o que sofreu, para nos ensinar o amor.

Mas uma coisa eu entendi muito bem. Tudo isto faz a vida valer a pena."

***

Jesus é o nosso norte, nosso roteiro.

Os que o seguem, são identificados na terra pela sua postura perante a vida. Onde quer se encontrem, semeiam.

E as suas sementes são luz nas estradas das vidas cheias de dores.

Na esteira dos seus passos, brilham estrelas que se acendem na noite dos tempos.

Anonimamente, servem ao próximo, doando pão a bocas famintas, agasalho aos padecem de frio, esperança àqueles que perderam a fé na vida.

Como uma Via Láctea iluminada, apontam o caminho de estrelas na direção do Cristo que hoje e sempre é o amor incondicional que a todos ama.