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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Os Viajantes e o Urso.

Um dia dois viajantes dera de cara com um urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia consguir vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingui-se de morto. O urso se aproximou dele e começou a cheirar sua orelha, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo começou a descer da árvore e perguntou:
_O que o urso estava cochichando em seu ouvido?
_Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que abandona os amigos na hora do perigo.

Moral da história:
A desgraça põe à prova a sinceridade e a amizade.

Esopo

sábado, 26 de maio de 2012

Dunga- Realize um milagre em mim.

Liturgia da Festa de Pentecostes.


 "Vem Espírito Santo"



Celebramos hoje a festa de PENTECOSTES.

Recordamos o "Dom" do Espírito Santo e

o final do tempo pascal.



PENTECOSTES era uma festa judaica muito antiga,

celebrada 50 dias após a Páscoa.  

Inicialmente, era uma festa agrícola em agradecimento a Deus pelas colheitas.

Depois o povo começou a celebrar nela a ALIANÇA,

o dom da LEI no Sinai e a constituição do Povo de Deus,

fato acontecido 50 dias depois da saída do Egito...

acompanhado de trovões, relâmpagos, trombetas, vento forte...



A 1ª Leitura e o Evangelho descrevem o PENTECOSTES CRISTÃO.     

  

O Espírito presente no início da vinda pública de Jesus,

está presente também no início da atividade missionária da Igreja.

As narrativas são diferentes e até divergentes, mas se completam:



+ São Lucas faz coincidir o Pentecostes cristão com o Pentecostes judaico...  

   para mostrar que o ESPÍRITO é a LEI da NOVA ALIANÇA

   e que, por ele, se constitui um NOVO POVO DE DEUS

   Por isso, relata o FATO entre raios e trovões,

   inspirando-se na narrativa da entrega da Lei no Sinai. (At 2,1-11)



- Os apóstolos estão reunidos... trancados numa casa...

  O fogo do Espírito se reparte em forma de línguas sobre cada um deles.

  Eles saem do cenáculo e, em praça pública começam a falar

  do Cristo ressuscitado, com grande entusiasmo e sabedoria.

  É a primeira e grande manifestação missionária da Igreja.

  E seus missionários são os doze apóstolos.



- E o povo espantado se questiona: "Como os escutamos na nossa língua?"

  O texto nos faz lembrar a Torre de Babel (Gn 11):

   - Lá ninguém se entende mais... Aqui acontece o contrário:

      Por obra do Espírito Santo, todos falam uma língua

      que todos compreendem e que une a todos: a linguagem do amor.



- A intenção de Lucas é apresentar a Igreja como a Comunidade

que nasce de Jesus, que é animada pelo Espírito e que é chamada

a testemunhar aos homens o projeto libertador do Pai.



+ São João colocou o Dom do Espírito Santo no dia da Páscoa. (Jo 20,19-23)

Os Sinais ("anoitecer", "portas fechadas", "medo") revelam a situação

de uma Comunidade desamparada, desorientada e insegura.

Jesus aparece "no meio deles" e lhes deseja a "PAZ".

Confia a Missão: "Como o Pai me enviou, eu VOS ENVIO".

"Soprou" sobre eles e falou: "Recebei o ESPÍRITO SANTO". 

- Nessa perspectiva, Páscoa e Pentecostes são partes do mesmo acontecimento.

* A preocupação dos evangelistas não foi escrever uma crônica histórica,

   mas uma catequese sobre o Mistério Pascal e a Igreja

   Afirmam a mesma coisa, expressando-se numa linguagem diferente.



- Para LUCAS: A Igreja é uma Comunidade que nasce de Jesus,

é animada pelo Espírito e é chamada a testemunhar aos homens o projeto do Pai.

O Espírito é a LEI NOVA que orienta a caminhada dos crentes.

Ele criou uma nova comunidade, capaz de ultrapassar as diferenças e

unir todos os povos numa mesma comunidade de amor.



- Para JOÃO, a Igreja é uma Comunidade construída ao redor de Jesus

e animada pelo Espírito, que a torna viva e "recriada".

O Espírito é esse "sopro" de vida que a faz vencer o medo e as limitações

e dar testemunho no mundo desse amor,

que Jesus viveu até às ultimas conseqüências.



- Para PAULO, a Igreja é o "Corpo Místico de Cristo". (1Cor 12, 3b-712-13)



Apesar da diversidade dos membros e das funções, o Corpo é um só.

Mas é o mesmo ESPÍRITO que alimenta e dá vida a esse corpo.



O Pentecostes continua: Diante desse fato grandioso,

talvez invejamos a sorte dos apóstolos e esquecemos

que o Pentecostes continua em nossa vida e na vida da Igreja...



- Em NOSSA VIDA houve um Pentecostes: A CRISMA,

quando recebemos a plenitude do Espírito Santo para cumprir nossa missão...



- Na VIDA DA IGREJA, que nasceu no Pentecostes e

continua a ser recriada pelo Espírito. O Espírito Santo é a alma da Igreja.



+ O cristão é um enviado:

   "Como o Pai me enviou, eu também vos envio".



- Para promover a PAZ.

  É um dom precioso e ausente muitas vezes no mundo.

  Cristo e seu Espírito são fontes de paz para que o mundo creia.



- Para experimentar o PERDÃO e a MISERICÓRDIA (dado e recebido).

  O perdão e a misericórdia são as atitudes da Igreja diante do mundo.



- Para construir a COMUNIDADE.

  O Espírito de Deus foi derramado em cada um para conseguir

  a unidade de todos no amor.



O Pentecostes, para nós, é a plenitude da Páscoa.

É o nascimento da Igreja com a missão de dar continuidade

à obra de Cristo através dos tempos, em meio à diversidade dos povos.



No dia de Pentecostes, as pessoas falavam a mesma linguagem: o Amor.

O amor deve continuar sendo a linguagem dos cristãos do mundo inteiro. Através do amor, o sopro do Espírito Santo continuará presente.



                                                            Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 27.05.2012

Kim- Vocalista da Banda Catedral em música solo.

Gosto muito de Rubem Alves.

Sobre a morte e o morrer

Rubem Alves


O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de
um ser humano? O que e quem a define?


Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...

Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.

Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”

Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. "Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão boa...”

Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.

Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".

Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.

Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.

Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?

Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.

Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: "Liberta-me".

Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia: "Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei...". Implorava que lhe dessem o direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.

Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.


Ivo Pessoa. Não ouvia esta música a muito tempo. Ofereço ao amor da minha vida: Maria.

Sobre Lobos e Virtudes.




Um lobo, tendo ouvido um sermão que São Francisco pregou aos bichos, converteu-se e resolveu tornar-se um santo também. Procurou os mestres espirituais e perguntou-lhes o que devia fazer para se tornar um santo. Eles lhe disseram que o caminho da santidade começa com as abstenções: ele deveria começar por abandonar aquelas coisas de que ele mais gostava. E o que ele mais gostava era de comer cabritos. Assim, os mestres espirituais concluíram, o caminho de um lobo que deseja ser santo começa com um grande jejum, até perder a vontade de comer cabritos.
Saiu então, o lobo, decidido a jejuar. Depois de muito caminhar sem nada comer, cabeça baixa e estômago faminto, viu repentinamente um cabrito que comia capim na encosta da montanha. A visão do cabrito deu-lhe água na boca. Pensou então: acho que vou adiar o meu jejum por uns dias, até me acostumar. Aproximou-se, assim, solobeiramente (sorrateiramente só se aplica aos ratos) do cabrito. Este, percebendo a aproximação do lobo, correu, saltando sobre as rochas da montanha - era um cabrito montês - até atingir uma rocha muito alta, inacessível ao lobo. O lobo, então, então, vendo que seu almoço lhe fugia, lembrou-se de suas intenções religiosas e argumentou consigo mesmo: "O caminho da santidade é o caminho do jejum". E continuou a jejuar. Moral da estória: muitas virtudes do espírito nascem da incompetência do corpo.

Essência.




Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em lugares onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte... Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.

Lâmpadas e Inteligências......................




Num dos meus momentos de vagabundagem, um pensamento me apareceu que fez uma ligação metafórica entre lâmpadas e inteligências que nunca me havia passado pela cabeça. Tratei, então, de seguir a trilha. As lâmpadas servem para iluminar. Para isso são dotadas de potências de iluminação diferentes. Há lâmpadas de 60 watts, de 100 watts, de 150 watts etc. Qual é a melhor lâmpada? Parece que as de 150 watts são as melhores porque iluminam mais. Também as inteligências servem para iluminar. Tanto assim que se diz "tive uma ideia luminosa!". E nos gibis, para dizer que um personagem teve uma boa ideia, o desenhista desenha uma lâmpada acesa sobre a sua cabeça. E também as inteligências, à semelhança das lâmpadas, têm potências diferentes. Os psicólogos inventaram testes para atribuir números às inteligências. A esses números deram o nome de QI, coeficiente de inteligência. Segundo as mensurações dos psicólogos, há QIs de 100, de 150, de 200... Ah! Uma pessoa com QI200 deve ser maravilhosa! Porque, como todo mundo sabe, inteligência é coisa muito boa! Porque, como todo mundo sabe, inteligência é coisa muito boa. Todo pai quer ter filho inteligente. Mas as lâmpadas não são objetos de contemplação. Não se fica olhando para elas. Olhamos para aquilo que elas iluminam. Uma lâmpada de 150 watts pode iluminar o rosto contorcido de um homem numa câmara de torturas. E uma lâmpada de 60 watts pode iluminar uma mãe dando de mamar ao filhinho. As lâmpadas valem pelas cenas que iluminam. As inteligências valem pelas cenas que iluminam. Há inteligências de QI 200 que só iluminam esgotos e cemitérios. E há inteligências modestas, como se fossem nada mais que a chama de uma vela, que iluminam o rosto de crianças e jardins. A inteligência pode estar a serviço da morte ou da vida. A inteligência, pobrezinha, não tem o poder para decidir o que iluminar. Ela é mandada. Só lhe compete obedecer. As ordens vêm de outro lugar. Do coração. Se o coração tem gostos suínos, a inteligência iluminará chiqueiros, porcos e lavagem. Se o coração gosta de crianças e jardins, a inteligência iluminará crianças e jardins. Por isso é mais importante educar o coração que fazer musculação na inteligência. Eu prefiro as inteligências que iluminam a vida, por modestas que sejam.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Os Mandamentos da Serenidade.


1 - Só por hoje...
tratarei de viver exclusivamente este meu dia, sem querer resolver os
problemas da minha vida, todos de uma vez.
2 - Só por hoje...
terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros:
delicado nas minha maneiras;
não criticar ninguém;
não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém, senão a mim mesmo.
3 - Só por hoje...
me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, não só na
vida eterna, mas também neste mundo.
4 - Só por hoje...
me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias se
adaptem todos os meus desejos.
5 - Só por hoje...
dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me de que
assim como é preciso comer para sustentar
o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida da
minha alma.
6 - Só por hoje...
praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém.
7 - Só por hoje...
farei uma coisa que não gosto e, se for ofendido nos meus sentimentos,
procurarei que ninguém o saiba.
8 - Só por hoje...
farei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute
perfeitamente, mas, em todo caso, vou fazê-lo.
Guardarei bem duas calamidades:
A pressa e a indecisão.
9 - Só por hoje...
ficarei bem firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim, mesmo
se existisse somente eu no mundo e ainda que as circunstâncias manifestem o
contrário.
10 - Só por hoje...
não terei medo de nada; em particular:
Não terei medo de desfrutar do que é belo, e
Não terei medo de crer na bondade.

Para refletir..............

O professor ateu


Um dia, na sala de aula, o professor estava explicando a teoria da evolução aos alunos. Ele perguntou a um dos estudantes:

- Tomás, vês a árvore lá fora?

- Sim, respondeu o menino

O Professor voltou a perguntar:

- Vês a Grama?

E o menino respondeu prontamente:

- Sim.

Então o professor mandou Tomás sair da sala e lhe disse para olhar pra cima e ver se ele enxergava o céu. Tomás entrou e disse:

- Sim, professor, eu vi o céu

- Viste a Deus? Perguntou o professor.

O menino respondeu que não. O professor, olhando para os demais alunos disse:

- É disso que eu estou falando! Tomás não pode ver a Deus, porque Deus não está ali ! Podemos concluir então que Deus não existe.

Nesse momento Pedrinho se levantou e pediu permissão ao professor para fazer mais algumas perguntas a Tomás.

- Tomás,vês a grama lá fora?

- Sim.

- Vês as árvores?

- Sim.

- Vês o céu?

- Sim.

- Vês o professor?

- Sim.

- Vês o cérebro dele?

- Não ? disse Tomás.

Pedrinho então, dirigindo-se aos seus companheiros, disse:

- Colegas, de acordo com o que aprendemos hoje, concluímos que o professor não tem cérebro.

Mensagem do dia.

Conflitos internos

Um velho índio descreveu certa vez os seus conflitos internos.
"Dentro de mim existem dois cachorros, um deles é cruel e mau, o outro é muito bom e dócil. Eles sempre estão a brigar".
Quando então lhe perguntaram qual dos cachorros ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu:
"Aquele que eu alimentar"

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Hoje celebremos a festa de Nossa Senhora Auxiliadora.

Conheça a história de devoção a Nossa Senhora Auxiliadora



Esta invocação mariana encontra suas raízes no ano 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lança seu olhar de cobiça sobre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate católico.

A vitória aconteceu no dia 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão à Virgem acrescentando nas ladainhas loretanas a invocação: Auxiliadora dos Cristãos.

No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus: Napoleão I, empenhado em dominar os estados pontifícios, foi excomungado pelo Sumo Pontífice. Em resposta, o imperador francês seqüestrou o Vigário de Cristo, levando-o para a França. Movido por ardente fé na vitória, o Papa recorreu à intercessão de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto.

O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Uma vez fracassado, Napoleão cedeu à opinião pública e libertou o Papa, que voltou a Savona para cumprir sua promessa. No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral. Os bens eclesiásticos foram restituídos. Napoleão viu-se obrigado a assinar a abdicação no mesmo palácio onde aprisionara o velho pontífice.

Para marcar seu agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.

O grande apóstolo da juventude, Dom Bosco, adotou esta invocação para sua Congregação Salesiana porque ele viveu numa época de luta entre o poder civil e o eclesiástico. A fundação de sua família religiosa, que difunde pelo mundo o amor a Nossa Senhora Auxiliadora, deu-se sob o ministério do Conde Cavour, no auge dos ódios políticos e religiosos que culminaram na queda de Roma e destruição do poder temporal da Igreja. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra educacional de Dom Bosco para defendê-la em todas as dificuldades.

No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São João Bosco iniciou a construção, em Turim, de um santuário, que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos.

A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu com sua mãe Margarida, a confiar inteiramente em Nossa Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o título Auxiliadora dos Cristãos. Para perpetuar o seu amor e a sua gratidão para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido por todos e para sempre que foi "Ela (Maria) quem tudo fez", quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregação por ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fossem um monumento vivo dessa sua gratidão.

Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a "Virgem de Dom Bosco".

Escreveu Dom Bosco: "A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso".

Oração a Nossa Senhora Auxiliadora, Protetora do Lar

Santíssima Virgem Maria a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos,

nós vos escolhemos como Senhora e Protetora desta casa.
Dignai-vos mostrar aqui Vosso auxílio poderoso.

Preservai esta casa de todo perigo: do incêndio, da inundação, do raio, das tempestades,

dos ladrões, dos malfeitores, da guerra e de todas as outras calamidades que conheceis.

Abençoai, protegei, defendei, guardai como coisa vossa as pessoas que vivem nesta casa.

Sobretudo concedei-lhes a graça mais importante,
a de viverem sempre na amizade de Deus, evitando o pecado.

Dai-lhes a fé que tivestes na Palavra de Deus, e o amor que nutristes para com Vosso Filho Jesus
e para com todos aqueles pelos quais Ele morreu na cruz.

Maria, Auxílio dos Cristãos, rogai por todos que moram nesta casa que Vos foi consagrada.

Amém.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

De repente............................

O TEMPO PAROU...

De repente o tempo parou...
É verdade,
Repentinamente tudo parecia congelado,
Imóvel,
Estático!
Meus pensamentos brotavam como fonte borbulhando,
Com mesma limpidez característica,
De uma fonte antiga,
Com suas águas sempre novas...
Somente a fonte com suas águas se movia,
E eu acompanhava tudo,
Mas somente com meus olhos,
Com os olhos do coração,
Porque eu enxergava o amor e sua verdade...
Era a minha verdade que eu via,
Aquela mesma que aprendi a amar,
Porque tudo era como deveria ser,
E eu estava ali,
Imóvel,
Estático,
Simplesmente ali,
Contemplando-me por dentro,
Como se um espelho refletisse fora de mim,
Minhas verdades profundas e desconhecidas de mim mesmo...
Pude então ver o amor e sua beleza!
Toquei com meu coração,
Meu próprio coração e senti o encontro entre dois corações que se amam...
 

Um pouco de mim neste tempo que é só meu.

ESTOU MERGULHADO...




Estou mergulhado,
Tão profundamente em mim mesmo,
Que não sou capaz de ouvir a voz do meu inquieto coração.
Tornei-me insensível no meu sentimento,
Mas ainda assim sei que estou vivo...
Realmente estou vivo,
Porque não perdi totalmente minhas esperanças,
Meus desejos e meus anseios renovam minha vida,
Mesmo que tudo aconteça a conta gotas...
Uma certeza preenche o vazio em meu peito,
Porque tenho a certeza de que não é o fim,
Mas o começo de verdadeira transformação...
Não vou renascer, mas terei vida nova,
Tão logo eu termine a subida deste calvário de dor,
Porque assim acredito,
E, quando acredito em algo digo bem alto: basta!
E assim recomeço, retomo as rédeas,
Domino o animal selvagem que me quer dominar,
Que deseja imperar dentro de mim,
Exatamente como um rei ameaçado em seu poder...
Justamente neste momento,
Retomo o curso da história,
Domino a fera e recupero as minhas forças,
Recebendo como prêmio a consolação da vida,
Colocando tudo em seu devido lugar,
Separando as paixões desordenadas e indomáveis,
Retomando as rédeas da vida na mais bela mansidão do amor...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sementes do amanhã.

Parábola.







A CARROÇA

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me para dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.

Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:

- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

- Estou ouvindo um barulho de carroça.

- Isso mesmo - disse meu pai - e uma carroça vazia.

Perguntei a ele:

- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

- Ora - respondeu meu pai - é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grosseria inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar ser a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

- Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz...!

Pensem nisso!


A escola dos bichos.

 


Rosana Rizzuti


Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.

O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de
vôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.

E assim foi feito, incluíram tudo, mas...
cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.

O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa,
Coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"...
coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não
aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.

O Pássaro voava como nenhum outro, mas o
obrigaram a cavar buracos como uma topeira.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.

SABE DE UMA COISA?

Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.

Não podemos exigir ou forçar para que as
outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.

Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.

RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO

sexta-feira, 18 de maio de 2012

ANJO DA GUARDA.



Meu Anjo da Guarda e sua mílicia celeste definitivamente estão de férias de mim. Sabe minha gente, os anjos da guarda do nosso cotidiano são aquelas pessoas que conseguem ver além do que os olhos podem ver, nos olham sem pressa, sem julgamentos. Penso que já fui muito anjo da guarda de várias pessoas, mas agora que necessito de um, ele se ausenta. A vida segue, com os calvários nossos de cada dia. Um dia o anjo da guarda aparecerá!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Andrea Doria- Legião Urbana.

Roberto Shinyashiki: Dicas para ser feliz.

Roberto Shinyashiki: Dicas para ser feliz.

 

01 – Seja ético.

A vitória que vale a pena é a que aumenta sua dignidade e reafirma valores profundos.
Pisar os outros para subir desperta o desejo de vingança.

02 – Estude sempre e muito.

A glória pertence àqueles que têm um trabalho especial para oferecer.

03 – Acredite sempre no amor.

Não fomos feitos para a solidão.
Se você está a sofrer por amor, está com a pessoa errada ou o amor está a prejudica-lo.
Caso tenha se separado, curta a dor, mas se abra para outro amor.

04 – Seja grato(a) a quem participa nas suas conquistas.

O verdadeiro campeão sabe que as vitórias são alimentadas pelo trabalho em equipe.
Agradecer é a melhor maneira de deixar os outros motivados.

05 – Eleve suas expectativas.

Pessoas com sonhos grandes obtêm energia para crescer.
Os perdedores dizem: ‘isso não é para mim’.
Os vencedores pensam em como realizar o objectivo.

06 – Curta muito a sua companhia.

Casamento dá certo para quem não é dependente.

07 – Tenha metas claras.

A História da Humanidade é cheia de vidas desperdiçadas, amores que não geram relações enriquecedoras, talentos que não levam carreiras ao sucesso, etc.
Ter objetivos evita desperdícios de tempo, energia e dinheiro.

08 – Cuide bem do seu corpo.

Alimentação, sono e exercício são fundamentais para uma vida saudável.
Seu corpo é seu templo.
Gostar de si deixa as portas abertas para os outros gostarem também.

09 – Declare o seu amor.

Cada vez mais devemos exercer o nosso direito de buscar o que queremos (sobretudo no amor).
Mas atenção: elegância e bom senso são fundamentais.
Roberto Shinyashiki com 24 Dicas para ser feliz

10 – Amplie os seus relacionamentos profissionais.

Os amigos são a melhor referência em crises e a melhor fonte de oportunidades na expansão.
Ter bons contatos é essencial em momentos decisivos.

11 – Seja simples.

Retire da sua vida tudo o que lhe dá trabalho e preocupação desnecessários.

12 – Não imite o modelo masculino do sucesso.

Os homens fizeram sucesso a custa de solidão e da restrição aos sentimentos..
O preço tem sido alto: enfartes e suicídios.
Sem dúvida, temos mais a aprender com as mulheres do que elas connosco. Preserve a sensibilidade feminina – é mais natural e mais criativa.

13 – Tenha um orientador.

Viver sem é decidir na neblina, sabendo que o resultado só será conhecido, quando pouco resta a fazer.
Procure alguém de confiança, de preferência mais experiente e mais bem sucedido, para lhe orientar nas decisões, caso precise.

14 – Liberte-se do vício da preocupação.

Viver tenso e stressado está na moda. Parece que ser competente e estar de bem com a vida são coisas incompatíveis. Ridículo… Defina suas metas, conquiste-as e deixe as neuras para quem gosta delas.

15 – O amor é um jogo cooperativo.

Se vocês estão juntos é para jogar na mesma equipa.

16 – Tenha amigos vencedores.

Aproxime-se de pessoas com alegria de viver.

17 – Diga adeus a quem não o(a) merece.

Alimentar relacionamentos, que só trazem sofrimento é masoquismo, é atrapalhar a sua vida.
Não perca tempo com quem não merece. Se você estiver com um marido/mulher que não esteja compartilhando, empreste, venda, alugue, doe… e deixe o espaço livre para um novo amor.

18 – Resolva!

A mulher/homem do milénio vai limpar de sua vida as situações e os problemas desnecessários.

19 – Aceite o ritmo do amor.

Assim como ninguém vai empolgadíssimo todos os dias para o trabalho, ninguém está sempre no auge da paixão.
Cobrar de si e do outro viver nas nuvens é o começo de muita frustração.

20 – Celebre as vitórias.

Compartilhe o sucesso, mesmo as pequenas conquistas, com pessoas queridas.
Grite, chore, encha-se de energia para os desafios seguintes.

21 – Perdoe!

Se você quer continuar com uma pessoa, enterre o passado para viver feliz. Todos as pessoas erram, você também.

22 – Arrisque!

O amor não é para covardes.
Quem fica a noite em casa sozinho, só terá que decidir que pizza pedir.
E o único risco será o de engordar.

23 – Tenha uma vida espiritual.

Conversar com Deus é o máximo, especialmente para agradecer.
Reze antes de dormir. Faz bem ao sono e a alma.
Oração e meditação são fontes de inspiração.

24 – Muita paz, harmonia e amor

Sempre: A MELHOR MANEIRA DE MELHORAR O PADRÃO DE VIDA, É MELHORAR O PADRÃO DO PENSAMENTO…

O mistério dos significados.




Lá em Minas Gerais existem algumas expressões que soam como "deseducadas". Exemplo disso é a palavra "chouriço". Ela é usada como resposta àquelas perguntas as quais não queremos responder. O outro nos pergunta: "O que é isso?". E rapidamente respondemos: "Chouriço". Pronto, mostramos que a pergunta não nos agradou. Na verdade, dizer chouriço é uma forma velada de anunciar: "Não é da sua conta, sai pra lá seu bicudo, que eu não lhe devo satisfações!".

Portanto, além de ser linguiça de sangue cozido, em Minas Gerais, a palavra "chouriço" também adquiriu um tom de afronta e revela a má criação daquele que a utiliza como resposta.

Só que existem situações em que o chouriço é chouriço mesmo! E assim se deu com minha mãe. Quando criança, em virtude da difícil situação financeira de sua família, minha avó fazia minha mãe sair pelas ruas da cidade com um balaio nos braços, vendendo os mais diversos produtos caseiros. O mais comum era o sabão de bola feito de coalho.

Mas, num belo dia, o conteúdo do balaio era tal chouriço feito pela minha avó. Foi aí que um senhor abordou perguntando: "Que que cê tá vendendo aí menina?". Minha mãe prontamente respondeu: "Chouriço!". "Mal-educada, sua mãe não te deu educação não?", retrucou o velho. Assustada, minha mãe respondeu medrosa: "É chouriço mesmo, moço!". E, destampando o balaio, mostrou ao velho o seu conteúdo.

Coisas como essas me fazem pensar nos mistérios dos códigos de linguagem humana. Uma mesma palavra pode ter os mais diversos significados. Tudo depende do lugar e da forma como é empregada.

Em Portugal, por exemplo, a palavra "bicha" também significa fila. Portando, dizer que vai ter de enfrentar uma bicha para pagar uma conta no banco não significa nenhum problema aos nossos irmãos lusitanos. Já aqui no Brasil, fica muito complicado dizer isso, afinal às cabeças maldosas já iriam imaginar coisas horríveis daquele segurança que fica parada na porta do banco!

Se chegar a Porto Alegre e disser numa padaria que você quer uma torrada, em poucos minutos lhe servirão aquilo que chamamos de misto-quente. Já em outros lugares se pedir uma torrada, você receberá uma fatia de pão com aspecto de cadáver. Torrada é um pão morto. Tenhamos coragem de reconhecer. Torrada é uma coisa sem graça que só desce sob ameaça cardiologistas, endocrinologistas e outros "istas" que temos por aí.

Misterioso mundo das palavras. Você já imaginou se alguém chegasse para você e gritasse, olhando nos seus olhos, a palavra "merda"? Pois é, certamente você ficaria ofendidíssimo! Mas no mundo do teatro, isso é o mesmo que dizer: "Boa sorte"!

Não sei. O que sei é que chouriço nem sempre é chouriço, torrada nem sempre é torrada e bicha nem sempre é bicha. Tudo depende do contexto!

Também o sentimento humano é como as palavras. É que nem sempre a palavra pronunciada é coerente com o sentido mais profundo que a motivou. Nisto está a falsidade: Usar a palavra fora do contexto do sentimento. Essa desarticulação gera a mentira, faz brotar a dúvida e a insegurança nas relações. É o mesmo que bater na cara com o intuito de dizer que se ama.

Mais fácil seria revelar o amor por meio do beijo, porque assim cessaria a desarticulação das realidades.

Mas o beijo de Judas não representou uma traição? Pois é, mas o que se seguiu foi pior ainda: O suicídio por enforcamento significou o arrependimento. Na verdade, o que estou precisando mesmo é tirar "água do joelho", mas os dois banheiros do avião estão ocupados. Em um deles tem uma mocinha que entrou a mais de meia hora. Deve estar passando um "fax"! E no outro, não da para encarar a "bicha" enorme na porta!


Relacionamentos amorosos.

Busquei no fundo do baú esta música do Paulo Ricardo, chama-se Dois. Fala sobre os relacionamentos amorosos que não deram certo, pois as pessoas não ouviram a voz do amor. No início um liga para o outro, coração dispara, juras de amor, depois de brigarem um procura o outro, mas o relacionamento vai caminhando para o fim. Por que? Ficou só no verniz, foi superficial demais, foi só paixão, fogo acesso na rapidez e não na vagareza do fogão de lenha. Os relacionamentos podem nos fazer feliz ou infelizes, vai depender muito de como iremos lidar com ele.

Dois- Música do Paulo Ricardo que fala sobre os relacionamentos amorosos.

Artigo.



Anjos e Demônios.

Nossa cultura religiosa acabou nos transmitindo a ideia errônea que demônios são figuras com chifres, rabo, feios, com cara de mal. Se fosse tal horrível assim, não teria um exercito tão numeroso, tanto seguidores.

Tenho a plena convicção que a bondade humana entra em nossa vida pelas pessoas que convivemos e a maldade também, e quero refletir sobre isso nessas poucas linhas.

Eu conheci e conheço demônios , educados, amáveis, lindos, insinuantes, com uma bela aparência, nos passam confiança, credibilidade, mas na verdade são demônios disfarçados de anjos, anjos que nunca foram.  Tento imaginar como se dá essa rápida metamorfose de demônio em anjo, como num piscar de olhos, de uma hora para outra.

Sei que sempre que tentamos roubar algum soldado do exército do maligno, somos perseguidos impeduosamente, como os primeiros cristão, eram jogados aos leões para deleite dos reis e poderosos da época. Hoje os “leões” são outros, nos jogam diariamente ao “coliseu” a fim de sermos devorados pelos “leões” da contemporaneidade.

Durante os momentos de perseguições não temos sossego, palavra amiga não vem , telefone não toca, email não chega, só nos resta Deus e isso basta.

A maldade humana também vêm repleta de uma legião de falsos anjos, que aterrissam perto de nós , ficamos tristes sem saber, confusos e se nos deixarmos levar por suas falsas promessas nos levam ao fim, ao fundo do poço.

Eu confesso que tenho sido vitima constante de demônios disfarçados de anjos na minha labuta diária, eles me derrubam, não vou negar, me proporcionam noites traiçoeiras, mas a minha arma vem com a oração, é nela que encontro força para tanta maldade. Minha retribuição não será o ódio implacável, o sentimento de vingança, mas a minha arma será o escudo e a couraça de Deus. Não retirarei minha espada para uma guerra que nasceu na gratuidade do outro, da intenção de um só, e  é preciso combater o bom combate, aquele que vale a pena.

Enquanto nos oferecem espinhos, trevas e morte de vemos retribuir com rosas, luz e vida, esse é meu conselho irmãos, como discípulos do Cristo, devemos pagar o mal com o bem. Peçamos que Deus nunca deixe cessar a nossa chama, nossa força e que identifiquemos mesmo numa penumbra de um dialogo, de uma conversa, na convivência diária, nos atos, o que se esconde por trás das máscaras destes falsos anjos, verdadeiros demônios, e vamos desejar luz a todos que nos fazem o mal, pedir a luminosidade entre nós, assim talvez  eles possam nos identificar como irmãos e filhos de um mesmo Pai.


Pai- Homenagem ao aniversário do meu pai.

Aniversário do meu pai.

Hoje 17 de maio, se meu pai estivesse vivo, estaria completando 68 anos. Meu pai não conheceu minha esposa e nenhum dos seus três netos. Penso, porque fui privado desde cedo da presença do meu pai? Penso nele e seu semblante vêm em minha mente, sorriso afável, percebo os contornos da sua mão, seu rosto. Penso que ele gostaria de estar convivendo com o Michel, buscá-lo na escola, levá-lo na praça para andar de bicicleta, mas sei que isto não vai acontecer. Meu Deus preferiu assim, aceitar não foi e não é fácil, não sou demagogo para dizer que superei esta falta. Hoje pelo menos que ouvir a música Pai e poder lembrar de tudo que gostaria de ter falado para o senhor e não falei, tudo que podia ter feito e não fiz. Descanse em Paz pai!

Morangos da vida.



 Um sujeito estava caindo de um barranco e se agarrou às raízes de uma árvore.
Em cima do barranco, havia um urso imenso querendo devorá-lo. O urso
rosnava, mostrava os dentes, babava de ansiedade pelo prato que tinha à sua
frente.
Embaixo, prontas para engoli-lo quando caísse, estavam nada menos do que seis onças absolutamente famintas.
Ele erguia a cabeça, olhava para cima e via o urso rosnando. Quando o urso dava uma folga, ouvia o urro das onças, próximas do seu pé. As onças embaixo querendo comê-lo e o urso em cima querendo devorá-lo.
Em determinado momento, ele olhou para o lado esquerdo e viu um morango vermelho, lindo, com
escamas douradas refletindo o sol. Num esforço supremo, apoiou o seu corpo, sustentado pela mão
direita, e, com a esquerda, pegou o morango.
Quando pôde olhá-lo melhor, ficou inebriado com a sua beleza. Então, levou o morango à boca e se
deliciou com o sabor doce e suculento.
Foi um prazer indescritível comer aquele morango tão gostoso.

Talvez você pergunte: "mas, e o urso?" Esqueça o urso, coma o morango!
"E as onças?" Azar das onças. Coma o morango!

Relaxe, e viva um dia de cada vez! Coma o morango!

Problemas acontecem na vida de todos nós, até o último suspiro. Sempre existirão ursos querendo comer nossas cabeças e onças pulando para nos pegar pelos pés. Isso faz parte da vida e é importante que saibamos viver dentro desse cenário. Mas precisamos saber comer os morangos. A vida está acontecendo agora. Nesse exato momento deve haver um morango esperando por você. O melhor momento para ser feliz é agora. O futuro é uma ilusão que sempre será diferente do que imaginamos.

As pessoas visualizam metas e, quando as realizam, descobrem que elas não trouxeram a felicidade.

Elas esquecem que a felicidade é construída todos os dias.
Eu torço para que você descubra sua maneira de ser feliz!

Espero que coma os morangos agora. 

Roberto Shinyashiki

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Crônica de Rubem Alves.

 



Escutatório

Rubem Alves


Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil. Diz o Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma“. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As árvores e as flores entram. Mas - coitadinhas delas - entram e caem num mar de idéias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem a sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o que vemos não são as árvores e as flores. Para se ver e preciso que a cabeça esteja vazia.

Faz muito tempo, nunca me esqueci. Eu ia de ônibus. Atrás, duas mulheres conversavam. Uma delas contava para a amiga os seus sofrimentos. (Contou-me uma amiga, nordestina, que o jogo que as mulheres do Nordeste gostam de fazer quando conversam umas com as outras é comparar sofrimentos. Quanto maior o sofrimento, mais bonitas são a mulher e a sua vida. Conversar é a arte de produzir-se literariamente como mulher de sofrimentos. Acho que foi lá que a ópera foi inventada. A alma é uma literatura. É nisso que se baseia a psicanálise...) Voltando ao ônibus. Falavam de sofrimentos. Uma delas contava do marido hospitalizado, dos médicos, dos exames complicados, das injeções na veia - a enfermeira nunca acertava -, dos vômitos e das urinas. Era um relato comovente de dor. Até que o relato chegou ao fim, esperando, evidentemente, o aplauso, a admiração, uma palavra de acolhimento na alma da outra que, supostamente, ouvia. Mas o que a sofredora ouviu foi o seguinte: “Mas isso não é nada...“ A segunda iniciou, então, uma história de sofrimentos incomparavelmente mais terríveis e dignos de uma ópera que os sofrimentos da primeira.

Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.“ Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. No fundo somos todos iguais às duas mulheres do ônibus. Certo estava Lichtenberg - citado por Murilo Mendes: “Há quem não ouça até que lhe cortem as orelhas.“ Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos, estimulado pela revolução de 64. Pastor protestante (não “evangélico“), foi trabalhar num programa educacional da Igreja Presbiteriana USA, voltado para minorias. Contou-me de sua experiência com os índios. As reuniões são estranhas. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, como se estivessem orando. Não rezando. Reza é falatório para não ouvir. Orando. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas. Também para se tocar piano é preciso não ter filosofia nenhuma). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito. Pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que julgava essenciais. Sendo dele, os pensamentos não são meus. São-me estranhos. Comida que é preciso digerir. Digerir leva tempo. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se falo logo a seguir são duas as possibilidades. Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava eu pensava nas coisas que eu iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.“ Segunda: “Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.“ Em ambos os casos estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: “Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.“ E assim vai a reunião.

Há grupos religiosos cuja liturgia consiste de silêncio. Faz alguns anos passei uma semana num mosteiro na Suíça, Grand Champs. Eu e algumas outras pessoas ali estávamos para, juntos, escrever um livro. Era uma antiga fazenda. Velhas construções, não me esqueço da água no chafariz onde as pombas vinham beber. Havia uma disciplina de silêncio, não total, mas de uma fala mínima. O que me deu enorme prazer às refeições. Não tinha a obrigação de manter uma conversa com meus vizinhos de mesa. Podia comer pensando na comida. Também para comer é preciso não ter filosofia. Não ter obrigação de falar é uma felicidade. Mas logo fui informado de que parte da disciplina do mosteiro era participar da liturgia três vezes por dia: às 7 da manhã, ao meio-dia e às 6 da tarde. Estremeci de medo. Mas obedeci. O lugar sagrado era um velho celeiro, todo de madeira, teto muito alto. Escuro. Haviam aberto buracos na madeira, ali colocando vidros de várias cores. Era uma atmosfera de luz mortiça, iluminado por algumas velas sobre o altar, uma mesa simples com um ícone oriental de Cristo. Uns poucos bancos arranjados em “U“ definiam um amplo espaço vazio, no centro, onde quem quisesse podia se assentar numa almofada, sobre um tapete. Cheguei alguns minutos antes da hora marcada. Era um grande silêncio. Muito frio, nuvens escuras cobriam o céu e corriam, levadas por um vento impetuoso que descia dos Alpes. A força do vento era tanta que o velho celeiro torcia e rangia, como se fosse um navio de madeira num mar agitado. O vento batia nas macieiras nuas do pomar e o barulho era como o de ondas que se quebram. Estranhei. Os suíços são sempre pontuais. A liturgia não começava. E ninguém tomava providências. Todos continuavam do mesmo jeito, sem nada fazer. Ninguém que se levantasse para dizer: “Meus irmãos, vamos cantar o hino...“ Cinco minutos, dez, quinze. Só depois de vinte minutos é que eu, estúpido, percebi que tudo já se iniciara vinte minutos antes. As pessoas estavam lá para se alimentar de silêncio. E eu comecei a me alimentar de silêncio também. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. E música, melodia que não havia e que quando ouvida nos faz chorar. A música acontece no silêncio. É preciso que todos os ruídos cessem. No silêncio, abrem-se as portas de um mundo encantado que mora em nós - como no poema de Mallarmé, A catedral submersa, que Debussy musicou. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Me veio agora a idéia de que, talvez, essa seja a essência da experiência religiosa - quando ficamos mudos, sem fala. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar. Para mim Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto... (O amor que acende a lua, pág. 65.)