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domingo, 17 de agosto de 2014

PORQUE MENTIMOS?








Escolhi este tema para refletir e para pensarmos um pouco acerca da mentira. Porque as pessoas mentem? O que leva as pessoas à mentirem?
A mentira tem razões que a verdade não conhece e talvez a pergunta "por que mentimos?" nunca possa ser respondida, senão com meias verdades. Alguns mentem por conveniência, diplomacia, para dar uma primeira boa impressão ou para evitar explicações desnecessárias e chatas, além de pelo óbvio motivo de ocultar do outro algo que não queremos que saiba.

De maneira inconsciente podemos afirmar coisas que sabemos falsas ou fazer histórias na mente do outro só para provar nossa destreza; mas os pesquisadores do comportamento afirmam que nossas mínimas mentiras requerem um grau de reflexão que inclusive é mostra de saúde cognitiva em crianças pequenas, apesar de que, como diz a sabedoria popular, a prática leve a perfeição. Quanto mais mentimos, mas aprendemos a falsar.


Um estudo dirigido por Robert Feldman da faculdade de psicologia da Universidade de Massachusetts conseguiu captar com que facilidade nossas conversas mais casuais estão infestadas de verdades incompletas. Pediram a dois completos estranhos que sustentassem uma conversa informal durante 10 minutos, depois do qual os mesmo deviam escutar a gravação do diálogo.

Antes de vê-la, os voluntários disseram aos pesquisadores que tinham sido completamente honestos na conversa, mas ficaram assombrados ao ver quanto podiam mentir em apenas 10 minutos: 60% dos voluntários mentiu em ao menos uma ocasião, uma média de 2,92 declarações intencionalmente falsas. Algumas das razões mais comuns (e inclusive razoáveis) para mentir podem ser:
1.    Para ganhar respeito em um novo grupo.
2.    Para ser tratado de maneira diferente.
3.    Para afetar a percepção sobre nós de alguém cuja atenção desejamos ou queremos despertar.
4.    Porque não conhecemos uma resposta e sentimos vergonha em reconhecer.
5.    Para poupar/ganhar tempo.
6.    Para poupar/ganhar dinheiro.
7.    Para não melindrar os sentimentos de outros.
8.    Para sentir-nos melhor sobre nós mesmos.
9.    Porque uma situação diplomática benemérita.
10.  Para dar uma boa impressão em um encontro romântico.
11.  Para melhorar um currículo de trabalho.
12.  Porque algumas pessoas não sabem reconhecer certos tipos de verdades (como as científicas ou os paradoxos matemáticos)
13.  Porque a verdade também se transforma.
14.  Porque nossos neurônios tornam-se mais especializados na mentira com a prática e a repetição.
15.  Porque queremos sair rapidamente de um problema.
16.  Porque dedicamo-nos à política
17.  Porque sabemos que não seremos descobertos.
18.  Porque cremos sinceramente estar dizendo a verdade ainda que o que dizemos é falso, sem nosso conhecimento.
Também mentimos, curiosamente, porque temos um desenvolvimento cognitivo sudável: as crianças começam a mentir entre os dois e três anos, inclusive alentados por seus pais que desenvolvem comportamentos corteses nos pequenos (como agradecer um presente não desejado no Natal) como parte da adaptação ao meio social. As crianças (e os adultos) podem mentir também para evitar que sejam castigadas por suas ações, ainda que também para impressionar a outros sobre ações que não realizaram. Outros estudos demonstraram que as crianças de 4 anos mentem ao menos uma vez a cada duas horas, e os de 6 anos mentem aproximadamente a cada 90 minutos.

No entanto, segundo o Coronel Jessep (Jack Nicholson) no bom "Questão de Honra", as pessoas costumam mentir porque simplesmente não sabem o que fazer com a verdade.

domingo, 10 de agosto de 2014

Estar por inteiro.






Certa vez li, que nunca estamos por inteiro em nossos compromissos, trabalho, relacionamentos e convívio familiar.
Sabe minha gente aquilo me assustou, pois o autor da tese defendia que sempre estamos por partes nas relações citadas acima, nunca na integridade, por inteiro.
Você está 100% no seu convívio familiar? E no seu emprego, está no seu todo, ou em partes? Também me fiz estas perguntas, e confesso que por muitas vezes estava só um pouco do meu eu.
Quando minha gente não estamos em nossa totalidade nos relacionamentos e nos convívios com as pessoas e familiares, ambos tendem a não ter um final feliz.
Penso que esta nossa incompletude, em faltar partes importantes de nós, nos rouba a felicidade e a qualidade de vida. Quando me dedico a algo, é importante estar por inteiro. Pense nisso, e reflita, e faça uma autoanálise de como você tem se comportado.

Quando seu passado lhe rouba a felicidade.








Muitas pessoas são ressentidas, angustiadas, tristes e amarguradas, porque não tiveram ainda uma relação madura com o seu passado. Veja o que diz Amadeo Cencini:
O passado do homem, de cada homem, não pode ser considerado como um destino, como algo que aconteceu e terá uma fatal continuação, sem qualquer outra alternativa possível. O raciocínio causal, que faz a ligação entre o passado e o presente como uma sucessão de causas e efeitos, está cada vez mais abandonado pela psicologia moderna a favor da concepção que dá maior espaço para a liberdade humana, e sua capacidade em colocar-se diante do próprio passado, qualquer que ele tenha sido, de modo fundamentalmente livre. O princípio de base é este: O homem pode não ser responsável pelo seu passado, mas de qualquer forma é responsável pela atitude que assumir, no presente, em face ao passado.
A logoterapia (abordagem fenomenológico-existencial fundada por Viktor Frankl), faz uma dura crítica à visão de causalidade (reação de causa e efeito) no entendimento do homem, por considerá-la mecanicista: A psicanálise não somente adotou a objetividade, mas sucumbiu a ela. A objetividade finalmente levou à objeção ou coisificação, isto é, fez do ser humano uma coisa. A psicanálise vê o paciente como sendo regido por mecanismos e o terapeuta como aquele que sabe lidar com tais mecanismos. Ele é a pessoa que conhece a técnica de consertar estes mecanismos quando defeituosos. Isto é compreensível se considerarmos a época histórica em que surgiu a psicanálise, bem como o seu contexto social, impregnado de puritanismo. Assim, de certa forma, a integridade da pessoa humana é destruída. Poder-se-ia dizer que a psicanálise despersonaliza o homem.( FRANKL, Viktor. A presença ignorada de Deus.). ( CENCINI, Amadeo, 1999, pg 47).

Vida monástica.

O incenso deve envolver toda uma atmosfera sagrada de oração.

O incenso deve envolver toda uma atmosfera sagrada de oração.

 O Incenso
O incenso é uma resina gomosa que brota na forma de gotas da árvore Boswellia Carteri, arbusto que cresce espontaneamente na Ásia e na África. Durante o tempo de calor e seca (nos meses de fevereiro e março) são feitas incisões sobre o tronco e ramos, dos quais brota continuamente a resina, que se solidifica lentamente com o ar. A primeira exudação para nada serve e é, pois, eliminada; a segunda é considerada como material deteriorável; a terceira, pois, é a que produz o incenso bom e verdadeiro, do qual são selecionadas três variedades, uma de cor âmbar, uma clara e a outra branca.
Na Antiguidade:
Era uso antigo espalhar resina e ervas aromáticas sobre carvões acesos para purificar o ar e afastar o perigo de infecções.
Num primeiro momento, a fumaça tinha um valor catártico (de purificação, de relaxamento) e também apotropaico (o de afastar ou destruir as influências maléficas provenientes de pessoas, coisas, animais, acontecimentos).
O uso desta resina perfumada não era exclusivo do culto religioso. O incenso não era queimado somente nos templos, mas também nas casas; as incensações exalavam perfume e, ao mesmo tempo, tinham um fim higiênico.
O incenso foi sempre considerado como algo muito precioso. Era utilizado em todas as cerimônias e funções
propiciatórias, porém, era sobretudo queimado diante de imagens divinas nos ritos religiosos de muitos povos e, ao se sublimarem as concepções religiosas, as espirais de incenso, em quase todos os cultos, converteram-se em símbolo da oração do homem que sobe até Deus.
No culto aos mortos, a fumaça que subia para o alto, era considerada como uma forma de atingir o além e, ao mesmo tempo servia para afastar o odor proveniente da decomposição, uma necessidade premente nos países de clima mais quente. O incenso era também utilizado como expressão de honra para os imperadores, o rei e as pessoas notáveis.
Nas Sagradas Escrituras:
Conta-se na Bíblia que a Rainha de Sabá chegou a visitar Jerusalém e o Rei Salomão, levando-lhe, entre outros presentes, uma quantidade extraordinária do mais precioso incenso que, naquela época, era vendido num centro de comércio muito importante. De fato, ao longo da história do incenso prosperam povos e reinos míticos, como se lê na Bíblia, no Alcorão e no Livro etíope dos reis.
O incenso fazia parte da composição aromática sagrada destinada unicamente a Deus (Ex 30,34) e se transformou em símbolo de adoração. Em linhas gerais é símbolo de culto prestado a Deus e de adoração: Ouçam-me, filhos santos…Como incenso exalem bom odor Si 39,14). A oferenda do incenso e a oração são intercambiáveis, ambos são sacrifícios apresentados a Deus, como diz o salmo 141, que proclama: Suba até vós minha oração, como o perfume do incenso. E é com estas palavras que, na Igreja Oriental, o celebrante ora durante as Vésperas e Laudes matutinas dos dias de festa espalhando em torno de si o perfume do incenso.
Com a oferta do incenso os magos do Oriente adoraram o menino Jesus como o recém-nascido Salvador do Mundo (Mt. 2,11).
No último livro do Antigo Testamento, o Apocalipse, João vê vinte e quatro anciãos que estavam diante do Cordeiro de Deus, com arpas e taças de ouro cheias de incenso: São as orações dos santos (Ap 8,3-4).
Entre os cristãos:
turibolo
Os cristãos não utilizaram o incenso na liturgia desde o início porque queriam se distinguir, o mais claramente
 possível, do paganismo. Extinto o paganismo, o rito do incenso encontrou logo seu lugar na liturgia cristã.
A partir do Século IV, a tradição cristã adotou o incenso em seus rituais de consagração e ainda hoje o queima para honrar o altar, as relíquias, os objetos sagrados, os sacerdotes e os próprios fiéis, e para propiciar a subida ao céu das almas dos falecidos no momento das Exéquias.
Primeiramente foram colocados turíbulos na igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, e em seguida também nas grandes basílicas do Ocidente, junto aos altares e diante dos túmulos dos mártires.
Graças à benção propiciada pelo incenso antes de seu uso, ele chega a ser um sacramental (sinal sagrado, que possui certa semelhança com os sacramentos e do qual se obtém efeitos espirituais).
Desde o século IX, instaurou-se o uso do incenso no início da Missa e desde o século XI o altar se transformou no centro da incensação.O turíbulo era também levado na procissão junto com o evangeliário. Em seguida, a incensação estendeu-se às oferendas do pão e do vinho, que são incensadas três vezes em forma de cruz, da mesma maneira como se procede com o altar e a comunidade litúrgica. Desta forma, nasceu a tríplice incensação durante a Missa, praticada também hoje de maneira regular no Oriente e, entre nós, somente nas festas solenes.
O incenso deve envolver toda uma atmosfera sagrada de oração que, como uma nuvem perfumada, sobe até Deus. O agitar do turíbulo em forma de cruz recorda principalmente a morte de Cristo e seu movimento em forma de círculo revela a intenção de envolver os dons sagrados e de consagrá-los a Deus.
O incenso é muito utilizado na liturgia fúnebre. Os falecidos permanecem como membros da Igreja, já santificados pelos sacramentos. Portanto, seu corpo morto é honrado com o incenso, como as santas mulheres, na manhã de Páscoa, queriam honrar o corpo de Jesus, ungindo-o com óleos preciosos.
Na reforma litúrgica, depois do Concílio, em muitos lugares renunciou-se ao símbolo tradicional do incenso, da mesma forma como ocorreu com outros símbolos mais antigos.
Na consagração solene de um altar, depois da unção da mesa, queima-se incenso e outros aromas sobre os cinco pontos do altar. O bispo interpreta esse gesto com as palavras: “Suba até vós, Senhor, o incenso de nossa oração; e como o perfume se espalha por este templo, assim possa tua Igreja expandir para o mundo o suave perfume de Cristo.
Nos diversos povos:
No templo, juntos aos ídolos, os romanos, bem como os gregos, tinham um altar para o incenso (foculus), em sinal de homenagem e adoração. No culto ao imperador, a incensação possuía valor de reconhecimento da religião e do estado do imperador enquanto deus.
Entre os etruscos, o sumo sacerdote, o único que podia conhecer os sinais dos acontecimentos, anunciava com um toque de trombeta o final de um período e pronunciava o novo tempo queimando o incenso sagrado em braseiros preciosamente decorados.
Na Grécia se incensava a vítima do sacrifício para torná-la mais aceitável à divindade. O incenso era deixado a arder perenemente em braseiros como oferenda aos deuses, protetores da família, e aos antepassados e também era queimado nas casas dos enfermos, com fins terapêuticos. Hipócrates, o famoso médico grego (600 ac), o utilizava para curar a asma e para aliviar as dores do parto.
Em Israel o incenso era de grande importância no culto divino. Com incenso, misturado a outras substâncias odoríferas, o sumo sacerdote entrava uma vez por ano no Santo dos Santos, ou seja no espaço mais sagrado e reservado do templo.
No Egito o uso do incenso remonta há uns quinze séculos antes de Cristo. Os egípcios utilizavam este perfume dos deuses como o chamavam, para os rituais do templo, convencidos de que o incenso podia fazer chegar à divindade os desejos dos homens. Também o definiam como o “suor dos deuses que cai sobre a terra”.
Na Índia é queimado durante as meditações de yoga, a fim de facilitar o encontro com a divindade; perfuma os fornos crematórios, como rito de passagem da vida terrena à ultraterrena e, além disso, era também utilizado contra reumatismos e enfermidades nervosas.
Na África o incenso é ainda hoje utilizado para acalmar as dores de estômago, para melhorar o funcionamento do fígado e circulação do sangue.
Na Europa, em alguns povoados da Áustria e da Suíça, é queimado nas casas no período compreendido entre o Natal e a Epifania para garantir a boa saúde de todos que ali moram.
É considerado de bom agouro queimar incenso durante banquetes de casamento e também em bodas de prata, de ouro e de diamante.
Na América central os maias associavam esta resina à lua, símbolo feminino portador de vida, como o sangue, a linfa, a chuva; também queimavam incenso para exorcizar a seca.
Relaxa, embriaga, purifica:
Pesquisas científicas tem demonstrado que, ao ser queimado o incenso desprende tetraidrocanabinol (THL), substância com notável poder desinfetante, porém também inebriante e anestésica, capaz, por exemplo, de atenuar dor de cabeça e de dente. O fenol exalado pela fumaça do incenso de fato atua no córtex cerebral (sede da consciência e da elaboração de informações) e sobre o sistema neurovegetativo (que controla a respiração, o ritmo cardíaco, as funções digestivas e intestinais). Foi comprovado que o THL estimula a serotonina (substância produzida pelo cérebro, pertencente ao grupo biológico das aminas). Doses básicas, como por exemplo as equivalentes as exalações de incenso durante uma cerimônia religiosa, aumentam o nível de serotonina que, por sua vez, atenua os impulsos nervosos e baixa a freqüência das ondas cerebrais, criando um estado psicofísico que facilita a capacidade de concentração. A serotonina é também dotada de ação anti-hemorrágica, sendo protetora dos capilares. Supõe-se que o incenso, com seu poder inebriante, é capaz de ajudar na concentração, despertando a vontade psíquica, levando paz ao coração, aplacando as tensões, predispondo à meditação e acendendo nos ânimos aquele fervor que permite entrar em contato com a divindade. Também estimula favoravelmente o olfato do homem, exalta o caráter solene de uma celebração e, finalmente, desinfeta e purifica os ambientes.

Centro Rússia Ecumênica – Vicolo Del Farinone 30 – 00193 Roma – Itália
Tradução: uma Oblata do Mosteiro da Transfiguração - Mosteiro da Transfiguração
Fonte:





Tenho feito uma linda experiência de autorreconhecimento, indicada por um monge beneditino amigo meu, Dom João da Cruz. Chama-se Tecendo o Fio de Ouro. Nesse processo você reconhecerá quais os fios que estão emaranhados, te "prendendo", quais os nós que tem dificultado sua felicidade plena.
O caminhar requer revisitar seu passado constantemente, que você tenha uma relação madura com o mesmo. Ao término, o Plano de Deus para ti, onde uma ponta do fio de ouro estará em suas mãos e a outra nas mãos do Criador. Aí não tem mais volta.

REFLEXÃO DO DIA.













"O "mais" acrescenta, o "mas" diminui!!!
Diz um provérbio japonês que, quanto todos estavam elogiando a cauda do Pavão, os pássaros protestaram:
"Mas olhem para as patas dele."
O invejoso é sempre aquele que estraga prazeres, que tem sempre um "mas" para diminuir o outro, como se o bem do outro ferisse ou viesse diminuir o seu.
Quando a gente está com vontade de dizer um "mas", é melhor pensar bem: por que estou querendo dar uma de diferente, de contraditório?
Tem alguma vantagem, ou é apenas para manifestar a minha pontinha de inveja,de mal-estar?

HOMENAGEM AO MEU PAI.

Bilhete ao meu pai...

Pai, estou sentindo saudades profundas
Deixaste-me aqui, sem ti, meu espelho
Sem ti, meu esteio, me sinto ao meio.
Mas deixaste-me de herança coisas boas.
Tento não ser algo assim à toa
e de tudo que me aconselhaste
às vezes fica difícil, e tenho meus deslizes
Mas tento acertar onde errei.

Não penses que só lembro de ti
No dia festejado em agosto
Mas durante o tempo todo

Às vezes a saudade bate grande.
Tiro forças não sei de onde,
para suportar sua ausência.
Às vezes me ponho a pensar,
que haveremos de nos encontrar
por aí em algum lugar e,

quem sabe agora,
com a minha experiência
enxergarei com mais clareza
o quanto você é importante. 

INGRATIDÃO.

 

Você já teve o sentimento de que alguém lhe foi ingrato alguma vez? Já sentiu a decepção congelando seus sentimentos e tomando-lhe a intimidade de maneira intensa, como que afogando-lhe o coração em fel? 

Das dores da alma, talvez a ingratidão seja uma das mais profundas, dando-nos a sensação de ser capaz de dilacerar o coração. 

Ora foi o amigo que nos traiu a confiança, não sendo digno da intimidade que compartilhamos em segredo. Outra feita o vizinho, incapaz de aquilatar os esforços que fizemos para lhe amenizar as dificuldades e os problemas. 

Outras tantas, surgem no seio familiar as relações de ingratidão, com filhos tratando aos pais como se esses lhe fossem criados com a obrigação de os servir. Ou esposos tratando com indiferença a dedicação e o desvelo da companheira. 

Quando a ingratidão nos atormenta a alma é porque o sentimento da decepção está acompanhando-o, indicando que esperávamos outra atitude do próximo. 

Afinal, só nos decepcionamos quando criamos uma expectativa que não se cumpriu. 

E quando a decepção vinda da ingratidão nos toma de súbito, não é raro pensarmos que não valeu a pena fazer o bem, agir no bem, agir de maneira correta e acertada. 

Magoados pela decepção, muitos de nós nos atormentamos, fazendo juras de que nunca mais ajudaremos e alegamos, ainda, que seremos mais felizes não nos incomodando mais com o próximo. 

Fazer o bem nunca pode ser considerado um erro. Jamais alguém que esteja pensando no bem do próximo, no bem estar alheio, pode estar errado, desde que agindo desinteressadamente. 

Se o outro é incapaz de reconhecer nossos esforços, se lhe faltam valores morais para entender a bondade alheia, que a sua limitação não seja fonte de nosso desestímulo. 

Só agem assim porque, no egoísmo em que mergulham, ficam impedidos de perceber a bondade no coração do outro, iludidos na sua limitação de que o mundo está para lhes servir. 

Imaginar que seremos mais felizes não fazendo o bem porque não nos decepcionaríamos, é iludir-se na felicidade do egoísta, de quem se fecha em si mesmo, a fim de não correr o risco da decepção. 

A Providência Divina permite esses embates, apenas nos faz experimentar o amargor das decepções, para testar nossa perseverança no bem. Afinal, o bem deve bastar-se por si mesmo, sendo desnecessário vir acompanhado pelo reconhecimento, louvores e dádivas. 

* * * 

No exercício do bem, jamais deixemos que o não reconhecimento do próximo seja motivo para abandonar os propósitos de fazer o bem. 


Ao perceber que os que hoje semeiam ingratidão ainda precisam percorrer longas estradas na vida, a fim de amadurecer suas relações para com o próximo, desperta em nós um sentimento de compaixão por eles, que substitui a decepção, nos dando ânimo e coragem, para continuar no esforço necessário de crescimento pessoal.

sábado, 9 de agosto de 2014

Um adeus........................






Depois de muito pensar, resolvi não ter mais meu facebook. Reconheço os benefícios que as redes sociais trouxeram, mas com elas, muitas desvantagens e malefícios. A exposição de sua imagem, de sua família, de sua vida particular e profissional, além de equivocadas interpretações das postagens, tudo isso contribuiu na tomada de decisão. Deixo milhares de amigos que me acompanhavam, outros que bisbilhotavam e serviam de pombo correio com a finalidade de semear a discórdia. Além disso queria voltar a postar no blog, e as duas coisas ao mesmo tempo nem sempre dava certo. Aqui sinto-me mais em casa, a atmosfera é mais familiar. Aqui brinco com as palavras, nosso objetivo de ser um espaço refletivo em busca da verdadeira felicidade.

Salve Regina em latim. Que te faça bem.


Vidro embaçado.





Em minhas andanças, conhecendo todo tipo de pessoas, vejo pessoas perdidas, que ainda não reconheceram o sentido de sua existência, qual a sua verdadeira missão. Por vezes, andei desgovernado. Farei uma analogia com um vidro embaçado. O vidro não fica embaçado de uma hora para outra, demora um certo tempo, é preciso ter uma ação. Quando não visualizamos nossa vida de maneira clara, certamente o sofrimento baterá em nossas portas. Agora, se deixarmos neste vidro embaçado, penetrar os raios de Sol atingi-lo, num tempo breve, nossa visão será outra, tudo se tornará claro e transparente. E quando enxergamos com os "olhos" da transparência, da essência, da verdade, tudo isso nos torna mais feliz.

Cada noite, uma reflexão.











A Filosofia sempre foi um área que me fascina a um certo tempo. Certa vez um entrevistador perguntou ao filósofo Mario Sergio Cortella, o que um filósofo faz? Cortella disse: - Refletimos sobre banalidades do cotidiano, e sorriu.
Geralmente a noite, quando a ociosidade toma conta da gente, costumo refletir sobre alguma frase, que fica durante o dia todo como uma jaculatória em nossa mente, martelando.
"Ninguém tem o poder de fazer-lhe mal, só você tem o poder de fazer mal para si mesmo". Esta frase de Santo Irineu, um dia lida em um livro, aflorou essa noite.
Obviamente que essa frase aplica-se no nossos relacionamentos, com os outros ou com nós mesmos, pois se o presidente Putin disparar um míssil, serei seriamente prejudicado.
O foco da reflexão são os nossos relacionamentos, nossa convivência diária.
Quando somos levados a cometer maldades, significa que as coisas não estão ordenadas para o amor dentro da gente.
O desequilíbrio, traz consigo a desordenação. E são nossas opções, ações e reações equivocadas, que nos levam para o rancor, paixões, vícios, ressentimentos, mágoas......, enfim, para a desordenamento em nossos sentimentos.
Quando estamos movidos por emoções que nascem na vingança, no rancor, na raiva, no ciúmes, na inveja, estamos propensos à não sermos bem sucedidos em nossas relações inter-pessoais, e o pior, conosco mesmo.
Santo Agostinho dizia que só temos o nosso passado, pois, ao falar algo, em segundos, o mesmo já estará no passado. O futuro ainda não está em nossas mãos. Então é preciso ver o nosso passado como um rio descongelado, onde a água flui, banha e fonte permanente de fatores positivos. Agora se você vê-lo como um rio congelado, algo cálido, sem vida, isso irá paralisar sua vida.
O descongelamento se faz necessário, é preciso "quebrar o gelo", fincar a lança, só assim teremos uma vida ordenada para o amor em nossas relações.