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domingo, 10 de agosto de 2014

Quando seu passado lhe rouba a felicidade.








Muitas pessoas são ressentidas, angustiadas, tristes e amarguradas, porque não tiveram ainda uma relação madura com o seu passado. Veja o que diz Amadeo Cencini:
O passado do homem, de cada homem, não pode ser considerado como um destino, como algo que aconteceu e terá uma fatal continuação, sem qualquer outra alternativa possível. O raciocínio causal, que faz a ligação entre o passado e o presente como uma sucessão de causas e efeitos, está cada vez mais abandonado pela psicologia moderna a favor da concepção que dá maior espaço para a liberdade humana, e sua capacidade em colocar-se diante do próprio passado, qualquer que ele tenha sido, de modo fundamentalmente livre. O princípio de base é este: O homem pode não ser responsável pelo seu passado, mas de qualquer forma é responsável pela atitude que assumir, no presente, em face ao passado.
A logoterapia (abordagem fenomenológico-existencial fundada por Viktor Frankl), faz uma dura crítica à visão de causalidade (reação de causa e efeito) no entendimento do homem, por considerá-la mecanicista: A psicanálise não somente adotou a objetividade, mas sucumbiu a ela. A objetividade finalmente levou à objeção ou coisificação, isto é, fez do ser humano uma coisa. A psicanálise vê o paciente como sendo regido por mecanismos e o terapeuta como aquele que sabe lidar com tais mecanismos. Ele é a pessoa que conhece a técnica de consertar estes mecanismos quando defeituosos. Isto é compreensível se considerarmos a época histórica em que surgiu a psicanálise, bem como o seu contexto social, impregnado de puritanismo. Assim, de certa forma, a integridade da pessoa humana é destruída. Poder-se-ia dizer que a psicanálise despersonaliza o homem.( FRANKL, Viktor. A presença ignorada de Deus.). ( CENCINI, Amadeo, 1999, pg 47).

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