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domingo, 22 de abril de 2012

Andanças.


                                               De onde?

Certa vez lendo um livro do escritor Rubem Alves me deparei com tal história: Rubem Alves conta que foi convidado a dar uma entrevista num programa de televisão. Chegando na emissora foi recebido pela recepcionista, que disparou: Qual o nome do senhor? Ele respondeu: - Rubem Alves. Ela disse, de onde? Neste momento o silêncio se estabeleceu, Rubem Alves inclinou seu braço e apontando para seu cocoruco, disse: - Daqui!  Dias depois estou eu chegando no Senai de Araçatuba para fazer uma visita de supervisão na unidade e a recepcionista me faz as mesmas perguntas. Não tive a coragem que Rubem Alves teve , disse meu nome e que trabalho para Fundap. Esta história não tem nada contra as recepcionistas, fazem estas perguntas porque foram condicionadas a isso. Esta história nos mostra que só somos reconhecidos como pessoa, como profissional, se estivermos ligados à alguma instituição. Penso como deve ser horrível para os aposentados, não são conhecidos como pessoas, por que deixaram de fazer parte de uma empresa, de um banco. Nós somos bem maiores que a instituição em que trabalhamos , não é ela que nos faz melhor ou pior, mas o que eu trago nas minhas andanças.

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